Remodelação do lipidoma induzida por empagliflozina na diabetes tipo 2: insights mecanísticos e perspectivas translacionais

O diabetes mellitus não é apenas um distúrbio do açúcar no sangue, mas um desequilíbrio metabólico complexo que também envolve profundamente o metabolismo lipídico. Pacientes com diabetes frequentemente apresentam alterações em seu perfil lipídico, o que contribui para o risco de complicações cardiovasculares. O estudo clínico EmDia, um estudo randomizado e controlado por placebo, investigou o impacto do empagliflozina, um inibidor do cotransportador de sódio-glicose-2 (SGLT2i), no lipidoma plasmático em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2). O objetivo era identificar alterações moleculares que pudessem explicar os benefícios cardiovasculares e renais do medicamento, que vão além da simples redução da glicose. Utilizando uma abordagem não direcionada de lipidômica e técnicas estatísticas avançadas como regressão LASSO de grupo esparsa, o estudo identificou alterações significativas e reproduzíveis em classes específicas de lipídios, principalmente as lisofosfatidilcolinas (LPCs), após uma e doze semanas de tratamento. Essas mudanças no perfil lipídico correlacionaram-se com parâmetros clínicos, como taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), ácido úrico e pressão arterial, sugerindo que as LPCs poderiam funcionar como biomarcadores da resposta ao medicamento. A descoberta das LPCs como possíveis marcadores do efeito da empagliflozina abre novas vias para o desenvolvimento de biomarcadores farmacodinâmicos e compreensão dos mecanismos de ação metabólica, incluindo a relação entre o metabolismo lipídico e a saúde renal.
PMID: 41188811 | DOI: 10.1186/s12933-025-02974-4

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