Piégas na avaliação do status de número de cópias do gene CDKN2A em meningioma

J Neurooncol. 2025 Apr 14. doi: 10.1007/s11060-025-05029-6. Online ahead of print.

RESUMO

PROPÓSITO: Meningiomas são os tumores intracranianos primários mais comuns, com variantes anaplásicas associadas a um prognóstico ruim. Deleções do gene CDKN2A são marcadores-chave de malignidade e foram integradas à classificação da OMS de 2021 para meningiomas anaplásicos. Tanto a imuno-histoquímica (IHC) de p16 quanto de MTAP são empregadas para avaliar a perda de CDKN2A, embora cada marcador tenha limitações na precisão em diferentes graus.

MÉTODOS: Este estudo analisou a concordância entre métodos moleculares – perfil de metilação do DNA, análise de sonda de inversão molecular (MIP), sequenciamento direcionado de próxima geração (NGS) e hibridização in situ por fluorescência (FISH) – e expressão proteica de p16 e MTAP em nove meningiomas anaplásicos.

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RESULTADOS: Mostramos que, embora a perda de p16 correlacionasse bem, a proteína MTAP ainda estava expressa em três casos, apesar de deleções homozigóticas do CDKN2A. Nestes três casos, o gene MTAP foi deletado de forma hemizigótica. Além disso, uma sonda de FISH que englobava ambos os genes gerou resultados enganosos.

CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem que a IHC de MTAP pode ser pouco confiável como único substituto para a perda de CDKN2A em meningioma anaplásico. A análise quantitativa de cópia do número via arrays cromossômicos de alta resolução possibilita a determinação precisa de deleções do CDKN2A. Dadas as implicações terapêuticas da graduação da OMS, testes moleculares precisos são críticos. Concluímos que a IHC negativa de p16/MTAP em meningiomas de alto grau deve levar à análise molecular de deleções do CDKN2A, e a IHC de MTAP não deve ser a única base para classificação.

PMID: 40227557 | DOI: 10.1007/s11060-025-05029-6

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