Revista de Cirurgia Ortopédica. Out 2025;20(1):881. doi: 10.1186/s13018-025-05919-5.
RESUMO
ANTECEDENTES: A cirurgia ortopédica continua sendo uma das especialidades médicas menos diversificadas em termos de gênero, com as mulheres representando uma pequena parcela dos cirurgiões em atividade, apesar do aumento da matrícula feminina nas escolas de medicina. O fenômeno do vazamento descreve a perda progressiva de aprendizes do sexo feminino devido a barreiras sistêmicas, como preconceitos implícitos, discriminação no local de trabalho, oportunidades de treinamento cirúrgico desiguais e políticas insuficientes de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Compreender os fatores que contribuem para a evasão de aprendizes do sexo feminino é essencial para promover a equidade de gênero na cirurgia ortopédica.
CORPO PRINCIPAL: As aprendizes de ortopedia do sexo feminino enfrentam desafios únicos, incluindo estereótipos que questionam sua capacidade física, acesso limitado a mentoria e patrocínio, e uma cultura de trabalho pouco solidária. Muitas relatam experiências de discriminação, microagressões e exclusão de vias de liderança. Além disso, disparidades na atribuição de casos cirúrgicos limitam o desenvolvimento de habilidades e avanço na carreira, desencorajando ainda mais a retenção. O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal continua sendo uma preocupação importante, pois os horários rígidos de treinamento e políticas de licença parental insuficientes forçam muitas aprendizes do sexo feminino a reconsiderar seus caminhos profissionais. Essas barreiras sistêmicas contribuem para taxas mais altas de evasão e dificultam os esforços para diversificar a força de trabalho ortopédica. Para abordar essas questões, as instituições devem implementar reformas direcionadas. Programas formais de mentoria e patrocínio podem apoiar aprendizes do sexo feminino na obtenção de funções de liderança e bolsas de estudo competitivas. Políticas de distribuição equitativa de casos são necessárias para garantir oportunidades de treinamento justas. O comprometimento institucional em criar ambientes inclusivos por meio de treinamento de preconceito e políticas de tolerância zero para a discriminação pode ajudar a melhorar a retenção. Além disso, a introdução de políticas favoráveis à família, como horários flexíveis e licença parental estruturada, pode tornar a cirurgia ortopédica uma escolha de carreira mais viável para as mulheres. Iniciativas de sensibilização precoce também devem ser ampliadas para incentivar o interesse feminino na especialidade.
CONCLUSÃO: As disparidades de gênero na cirurgia ortopédica persistem devido a desafios sistêmicos duradouros. Sem intervenções direcionadas, o vazamento continuará excluindo cirurgiãs talentosas, limitando a diversidade, inovação e cuidados ao paciente. O comprometimento institucional com a mentoria, oportunidades de treinamento equitativas e políticas de trabalho de apoio é essencial para reter as aprendizes do sexo feminino e alcançar a equidade de gênero na ortopedia. Abordar essas barreiras garantirá que o sucesso no campo seja determinado pela habilidade e dedicação, e não pelo gênero.
PMID: 41063315 | DOI: 10.1186/s13018-025-05919-5
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