Integração das ciências omics na cirurgia maxilofacial: um novo paradigma na personalização dos cuidados ao paciente.
A integração das ciências omics na cirurgia maxilofacial marca um passo transformador em direção a um novo modelo de cuidados ao paciente personalizado e translacional. Avanços recentes em genômica, transcriptômica e epigenômica estão remodelando a compreensão e o manejo do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (HNSCC, na sigla em inglês), um dos cânceres mais desafiadores na região maxilofacial devido à sua heterogeneidade biológica e prognóstico desfavorável. As ciências omics oferecem uma visão sem precedentes sobre o panorama molecular desses tumores, permitindo a identificação de biomarcadores específicos que predizem os desfechos dos pacientes e orientam estratégias cirúrgicas personalizadas. Um estudo inovador por Ribeiro et al. demonstrou o valor clínico de uma assinatura multi-omics de nove genes capaz de distinguir pacientes com HNSCC com taxas de sobrevida marcadamente diferentes, independentemente do status de metástase. Essa assinatura integra alterações no número de cópias, perfis de expressão gênica e padrões de metilação ligados a processos celulares-chave como reparação de DNA, dinâmica citoesquelética e resposta imune. O conceito de Cirurgia Omic-Maxilofacial (O-MFS) vislumbra um futuro no qual dados moleculares complementam critérios anatômicos, patológicos e funcionais para refinar o planejamento cirúrgico, tomada de decisão intraoperatória e vigilância pós-operatória. Apesar dos desafios relacionados à complexidade dos dados, validação clínica e custos, essa abordagem emergente promete revolucionar a oncologia maxilofacial, possibilitando uma estratificação mais precisa dos pacientes e um cuidado cirúrgico verdadeiramente personalizado.
PMID: 41109881 | DOI: 10.1007/s00405-025-09751-9
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