Revista Mundial de Gastroenterologia. 21 de novembro de 2025; 31(43):113141. doi: 10.3748/wjg.v31.i43.113141.
RESUMO
A hepatite alcoólica grave continua a ser um dos desafios mais urgentes da hepatologia, com rápida deterioração clínica e alta mortalidade precoce. Este manuscrito comenta e contextualiza a recente revisão sistemática de Quiñones-Calvo et al., que redireciona a atenção dos desfechos a curto prazo para a sobrevivência de 90 dias, integrando evidências de estudos clínicos associados. Por décadas, os corticosteroides têm sido a base do tratamento, reduzindo a mortalidade em 28 dias, mas oferecendo benefícios limitados por três meses. A revisão enfatiza que as ameaças mais críticas à recuperação – infecções tardias, declínio renal e recaída – frequentemente surgem após o primeiro mês. Sintetizando estudos recentes, destaca intervenções promissoras como o transplante de microbiota fecal (TMF), que melhorou a sobrevivência de 90 dias em um pequeno ensaio clínico randomizado, e o fator estimulante de colônias de granulócitos (G-CSF), que demonstrou um robusto benefício de sobrevivência em uma grande coorte retrospectiva, juntamente com estratégias emergentes como a troca plasmática e agentes biológicos direcionados. Esses achados apoiam uma mudança para um modelo de cuidados em duas fases: Estabilização inicial seguida pela consolidação da recuperação. Para os clínicos, tal modelo pode ajudar a orientar as decisões de tratamento, com terapias como TMF ou G-CSF merecendo consideração em pacientes não respondedores aos corticosteroides, aguardando validação adicional em ensaios clínicos randomizados maiores. A adoção da sobrevivência de 90 dias como métrica central pode preencher a lacuna entre o resgate inicial e a remissão sustentada, proporcionando uma medida mais realista do sucesso terapêutico em uma das condições mais implacáveis da hepatologia.
PMID: 41358173 | PMC: PMC12678934 | DOI: 10.3748/wjg.v31.i43.113141
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