O cenário da pesquisa farmacêutica e desenvolvimento de medicamentos está passando por uma evolução significativa, com a Descoberta e Desenvolvimento de Medicamentos Baseados em Modelos (MID3) como uma abordagem transformadora para acelerar a inovação. Realizar todo o potencial do MID3 requer um esforço global concertado para melhorar a educação, fomentar a colaboração e impulsionar o avanço científico. Neste artigo, propomos que o verdadeiro progresso e resultados equitativos dependem da adoção de uma abordagem multifacetada, abrangendo não apenas a inclusão de dados de diversas populações de pacientes, como pediátricos e gestantes, mas também fomentando um ambiente inclusivo para um grupo globalmente diversificado de cientistas. Destacamos o papel crítico da globalização na expansão das colaborações farmacocinéticas além das fronteiras nacionais e contextos culturais, reconhecendo que diferentes perspectivas e expertises fornecem insights mais ricos. Além disso, enfatizamos a importância do acesso equitativo à educação e treinamento, especialmente para instituições cuja língua materna não é o inglês, na formação de um verdadeiro grupo global de talentos. Por fim, demonstramos como essa diversidade expandida impulsiona a inovação, incentivando a adoção de um espectro mais amplo de abordagens quantitativas – desde PK/PD clássico até Farmacocinética Baseada em Fisiologia (PBPK), Farmacologia e Toxicologia de Sistemas Quantitativos (QSP/T) e modelagem baseada em inteligência artificial, abordando assim desafios biológicos complexos e alcançando, em última instância, a dose certa para o paciente certo no momento certo. Este editorial enfatiza que, ao integrar intencionalmente globalização, educação e inovação, a comunidade farmacocinética pode catalisar uma mudança profunda no MID3, levando a medicamentos mais eficazes e inclusivos para todos.

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