“Stop scrolling”. É a frase de todo vídeo motivacional que vemos depois de passar horas vendo vídeos engraçados no Tiktok, Instagram, entre outras redes.

“Cérebro de pipoca”

Foi a denominação que deram os psicólogos que alertaram sobre o perigo de ficar rolando a tela do celular e ficando viciado. A menos que você tenha a força mental de Yoda, em pelo menos alguns momentos do seu dia você acaba dando uma olhada no feed.

Um psicólogo alerta que seus hábitos de rolar a tela podem significar que você está sofrendo de cérebro de pipoca, que refere-se à tendência de nossa atenção e foco saltarem rapidamente de uma coisa para outra, como os grãos de milho estourando.

Alguns aplicativos populares são projetados para encorajar esse comportamento com cronogramas de recompensa variáveis, microdosagem de dopamina e designs propositadamente viciantes otimizados para maximizar o envolvimento em detrimento do bem-estar.

🥼 O sistema de recompensa do encéfalo tem alta sensibilidade à regulação dopaminérgica do sentimento de prazer, bem como ao esforço envolvido para a recompensa. Portanto, é muito mais vantajoso para o cérebro, em seu estado natural, sentir prazer na simplicidade de um Tiktok, do que o “trabalho árduo” de ler um livro (que envolve uma atenção mais prolongada e completa).

Os potenciais efeitos

Uma vez que nós somos facilmente – isso é, sem esforço – recompensado com vídeos engraçados na internet, há descarga de dopamina fásica (aquela liberada em alta quantidade em uma única ação), ocupando os receptores que daqui em diante serão ainda mais difíceis de desencadear o prazer, necessitando cada vez de mais dopamina para a satisfação.

• Eis, então, o vício. O seu cérebro agora está se acostumando a ter a sensação de prazer a troco de quase nada. O limiar de dopamina necessária ao estímulo do prazer está maior.

Outra coisa: o cérebro é altamente adaptável e possui a capacidade de mudar sua estrutura e função em resposta às experiências. O uso repetido e intenso das redes sociais pode levar a mudanças neuroplásticas, que prejudicam a ganhos com a dopamina tônica (aquela em que a percepção de recompensa é mantida e motivada ao longo do tempo).

Você está desconcentrando o seu cérebro a estudar, a prestar atenção, a interpretar conquistas a longo prazo. É por isso que os cientistas concluíram que o tempo médio de atenção dos seres humanos está em um abismo.

Você manda no seu cérebro, e não ele manda em você

Você precisa combater o fato de seu cérebro se acostumar a gratificação imediata e reeducá-lo para ser melhor em atividades de “concentração sustentada”, como ler, projetos de trabalho ou conversas presenciais.

• Certifique-se de reservar um período de tempo por dia no qual você não está autorizado a usar qualquer tecnologia. Sim, como uma criança, você precisa ter alguma abstinência de telas para lhe livrar.

Ainda, você pode fazer pausas conscientes para focar em uma única tarefa. Exemplo, se você precisar pegar seu telefone para ler a edição da IntoHealth, tudo bem, mas certifique-se de que é só isso que está fazendo e não se distraindo.

Existe a luz no meio de tanta escuridão

Não da pra aterrorizar as redes sociais. Existe muito conteúdo por lá que não vai depredar completamente a sua capacidade de sentir prazer e de se manter atento. Recomendamos que você acompanhe este Instagram, confia! Sem conflitos de interesse.