Mastectomia para transexuais: qual a taxa de arrependimento?

Atualmente, 1.6% da população americana se identifica como transgênero ou não-binário.

Para grande parte desses indivíduos, as cirurgias são essenciais para tratar a disforia de gênero e assegurar a aceitação social.

  • Tudo na medicina é risco-benefício. Apesar do alto risco, o grande benefício para a população trans muitas vezes leva a optarem pelas cirurgias, apesar de grandes e complexas

Mas a questão é ainda mais polêmica, pois esses procedimentos são completamente irreversíveis. Se arrepender, não dá pra voltar atrás depois…

Isso inclusive gera discussões sobre a regulamentação governamental das cirurgias transex.

Mas qual é a taxa de arrependimento?

Este estudo publicado na JAMA Surgery avaliou essa questão em 139 pacientes que realizaram mastectomia masculinizadora.

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🔪 Pra quem gosta do bisturi: a mastectomia é uma das cirurgias mais realizadas por homens trans. Consiste na remoção de todo o parênquima mamário, que pode ser associado a lipoaspiração torácica, a fim de modelar os seios com um aspecto mais masculino. As técnicas são várias, incisão dupla em T, periareolar, subcutânea... Se quiser saber mais, clique aqui. 

Esses 139 pacientes responderam a um questionário 2 anos depois da cirurgia.

O grau de satisfação ia de 0 a 5, sendo 0 totalmente insatisfeito e 5 totalmente satisfeito com o procedimento.

Resultados:

  • os 139 pacientes deram nota 5 no questionário
  • NENHUM se arrependeu de ter feito a cirurgia

É muito impactante. Mostra que o arrependimento nas cirurgias de transex são mais incomuns do que se imaginava (nesse estudo, 0%).

Dica para os pesquisadores de plantão: seria interessante o mesmo desenho de estudo para outros procedimentos transex, como a transgenitalização, para ver se os resultados são os mesmos.

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