Muitos estudos já mostraram uma associação entre acúmulo de gordura e aumento do risco de demência, mas este aqui é um dos pioneiros em mostrar uma relação do tecido adiposo com redução do volume cerebral.
- No estudo: 10.000 adultos de 20 a 80 anos passaram por uma ressonância magnética de corpo inteiro.
- Foram avaliados no exame a quantidade de gordura visceral, subcutânea e o volume cerebral.
E os resultados foram surpreendentes.
A quantidade de gordura, tanto visceral quanto subcutânea, foram associados a menor volume de massa cinzenta e branca cerebral, bem como atrofia do hipocampo, córtex frontal e temporal, parietal e occipital.
E detalhe: essa associação foi ainda mais intensa nas mulheres, que apresentaram uma redução mais significativa do volume.
O próximo passo: pesquisadores pretendem entender a fisiopatologia por trás dessa atrofia cerebral e desenvolver intervenções para reduzir a gordura abdominal como estratégia para manter a saúde cerebral.
A relevância: as doenças neurodegenerativas tem ganhado cada vez mais importância com o envelhecimento da população mundial e as terapias de prevenção e tratamento ainda são muito limitadas.
O estudo abre portas para tratamentos com um alvo inusitado: o tecido adiposo.
E enquanto não surgem as terapias medicamentosas, todos podem abrir mão do tratamento com mudanças de estilo de vida, a fim de evitar ou tratar o sobrepeso e a obesidade.
Atividade física + alimentação saudável!
Respostas