As Vignetas de Gödel envolvem um novo significado descritivista? Uma discussão crítica do Teste de Produção Elicitada de Devitt e Porot sobre Nomes Próprios.
Por: National Center for Biotechnology Information
Cogn Sci. 2025 Jan;49(1):e70030. doi: 10.1111/cogs.70030.
RESUMO
Nomes próprios – expressões como “Barack Obama” ou “Nova York” – desempenham um papel crucial no debate filosófico sobre referência, ou seja, a relação que permite que palavras representem entidades do mundo. Em um teste de produção solicitado, Devitt e Porot incentivam os participantes a usar nomes próprios para comparar a Teoria Descritivista e a Teoria Causal-Histórica sobre a referência de nomes próprios. De acordo com a Teoria Descritivista, os nomes se referem à entidade que cumpre a descrição associada a eles pelos falantes. Em contraste, a Teoria Causal-Histórica afirma que os nomes se referem à entidade no início da cadeia causal-histórica de usos, independentemente de qualquer descrição. Devitt e Porot consideram uma crítica ao seu trabalho, que eles chamam de “Objecção do Novo Significado”: ao ler a vinheta, o participante obtém acesso a alguns fatos desconhecidos pelas pessoas no cenário fictício. Como consequência, o participante descritivista pode realizar o teste de produção solicitado baseando-se em um novo significado que está em vigor dentro de uma comunidade linguística “por dentro”. Nesse caso, a Teoria Descritivista prevê o mesmo uso de nome que a Teoria Causal-Histórica. Enquanto Devitt e Porot abordam a objeção também com um experimento de acompanhamento, consideram a crítica teoricamente falha, argumentando que os nomes não mudam de significado toda vez que os falantes adquirem novas informações sobre o mundo. Neste artigo, argumento que, ao contrário do que alegam Devitt e Porot, a vinheta inclina o participante descritivista a supor que o nome adquiriu um novo significado.
PMID:39777798 | DOI:10.1111/cogs.70030